O verdadeiro católico e o herege

20. De tudo que temos dito, aparece evidente que o verdadeiro e autêntico católico é o que ama a verdade de Deus e a Igreja, corpo de Cristo; aquele que não antepõe nada à religião divina e à fé católica: nem a autoridade de um homem, nem o amor, nem o gênio, nem a eloqüência, nem a filosofia; mas que depreciando todas estas coisas e permanecendo solidamente firme na fé, está disposto a admitir e a crer somente o que a Igreja sempre e universalmente tem crido. Continuar lendo

A real Igreja

886072_10151771365519027_162242066_oA real Igreja é a fundada por Cristo sobre os apóstolos, confirmada na primazia petrina e de seus sucessores; sucessores estes que ao longo dos  perenes séculos ensinou e pregou a ‘ Verdade Eterna’, pregou a Verdadeira Igreja, real e existencial.

Certamente é de se perceber uma incoerência relativa entre a vida moral da Igreja e Sua Doutrina e Ensinamento, mas esta realidade inconstante, não polarizada, mas certamente pontual e isolada, tem seus fundamentos; nas revoluções do Mundo geradas pelo seu príncipe, Satanás juntamente de seus demônios. Revoluções estas levantadas contra a barca de Pedro, que tentaram muitas vezes de diversas formas ‘arranhar’ sem sucesso esta esplendorosa barca.

Conhecendo o inimigo derrotado de Deus, e sua astuta e pervertida sabedoria, não é de assustar, ver tantos fiéis, padres, bispos, cardeais e ate papas, caírem nas garras do maligno e viverem no erro, ate mesmo morrerem nesta condição; lancemos um olhar para o passado, já tivemos hereges, padres, bispos, cardeais e ate papas; estamos nós na audácia de dizermos estar privados deste mau?; seria o fim da religião se ela assim fosse, somente formada pelo fenômeno humano, mas, pelo contrário, o próprio Deus quis estar conosco e garantir a infabilidade de Fé e Moral e a eternidade da instituição.

As evoluções, culturais, sociais, civis, eclesiásticas; que opõe-se a Igreja de Cristo de nada diminuem a sua existencialidade, influência e soberania no Mundo. Se é certo que Cristo Vive, Reina, Impera no ontem no hoje e na eternidade, certo é também que Seu Corpo Místico, Vive, Reina, Impera no ontem no hoje e na eternidade ‘Até o fim dos tempos’.

Ignorância maior seria pensar que esta Doutrina e Ensinamento é ‘ultrapassado’, ‘antiquado’, acaso nosso Deus, a quem nos assim ensinou, haveria de ter errado ou ainda nos enganado?.

Não, ele existe na eternidade, e sustenta para o sempre seus ensinamentos, pois Deus é eterno e eterno é o seu ensinamento.

Acaso devemos nós; adaptarmos a Igreja ao Mundo, de modo a inserir nela, o mesmo mundo que tem por príncipe o suicida desde o principio?.

Não, pois a Doutrina e Ensinamento de Cristo nos liberta ‘A Verdade nos libertará’ das cadeias do Mundo e de duas corrupções; melhor seria então anunciarmos o Cristo Eterno, Rei !.

A Doutrina Eterna de Deus, certamente é uma loucura ao Mundo e sua realidade corrompida, mas esta é esta ‘loucura’ que atrai e converte, uma vez que é o próprio Deus que a revelou e quis que todos fossem salvos por ela.

Voltemos nosso olhar para Fátima em 1917 e lembremo-nos que vivemos vossas profecias, olhemos para La Sallete, Lourdes, e lembremo-nos de vossas profecias, o nosso tempo é o tempo do anticristo, o tempo que satanás sentará na cátedra de Cristo (La Sallete), é o tempo de se cumprir a profecia dita pelo próprio Cristo, ‘acaso encontrarei fé sobre a Terra?’.

Abandonemos as concepções que nos afastam da REAL IGREJA, CATÓLICA, APOSTÓLICA, ROMANA.
Convertei-vos enquanto é tempo, pois Ele Vive e Vem!.

Algo a lamentar

Realmente, é lamentável ver nas Missas celebradas na Terra de Santa Cruz o desprezo pelo sagrado e a valorização do profano em um local onde o inverso deveria acontecer.

Vale ressaltar ainda a destreza nos institutos e casas religiosas, onde o apelo “estamos em casa” é utilizado para depredar o que de mais augusto temos em nossa vida, a Santíssima Eucaristia; se é certo que a Eucaristia é o centro da Igreja (Ecclesia de Eucharistia, S.JPII) é mais certo ainda afirmar que pela liturgia e tão somente nela, obtemos tão frutuoso centro da Igreja.

Alguns com o apelo furado de que “a liturgia não é tudo na Igreja” se esquecem de que é por ela que obtemos o que de mais valioso temos e aonde a Igreja ‘atualiza’ a sua fundação”, Por Cristo (Fazei em memória de mim). Com Cristo (na pessoa do sacerdote). Em Cristo (no seu corpo mistico; a Igreja). Modernistas dirão que não é uma liturgia propriamente ‘rica’ que se dará o Cristo (que veio pobre, blá blá – tipico dos TL’s e sua ‘ideologia’ furada) mas se esquecem que todo o esforço dos nossos trabalhos (dos trabalhos e esforços Humanos) devem estar voltados tão somente para Cristo, (os pobres sempre tereis, diz Cristo Jesus).

Para meio de fundamentação, vale relembrar as palavras dos Papas;

“Depois do Concílio, muitos padres deliberadamente erigiram a dessacralização como um programa de ação, argumentando que o novo testamento aboliu o culto do templo; o véu do templo, que se rasgou de alto a baixo no momento da morte de Cristo sobre a cruz, seria, para alguns, o sinal do fim do sagrado… Animados por tais ideias, eles rejeitaram as vestes sagradas; tanto quanto puderam, eles despojaram as igrejas dos seus resplendores que lembram o sagrado; e eles reduziram a liturgia à linguagem e aos gestos da vida de todos os dias, por meio de saudações, de sinais de amizade e outros elementos” Bento XVI (Conferência aos Bispos chilenos, Santiago, 13/7/1988).

Papa Francisco: “As vestes sagradas do Sumo Sacerdote são ricas de simbolismos; um deles é o dos nomes dos filhos de Israel gravados nas pedras de ónix que adornavam as ombreiras do efod, do qual provém a nossa casula atual…” “beleza de tudo o que é litúrgico, que não se reduz ao adorno e bom gosto dos paramentos, mas é presença da glória do nosso Deus que resplandece no seu povo vivo e consolado”. (Hom. Missa Crismal, 28/3/2013).

Falando sobre essa beleza da liturgia e respondendo às “acusações de ‘triunfalismo’, em nome das quais se jogou fora, com excessiva facilidade, muito da antiga solenidade litúrgica”, o então Cardeal Ratzinger explicava: “Não é triunfalismo, de forma alguma, a solenidade do culto com que a Igreja exprime a beleza de Deus, a alegria da fé, a vitória da verdade e da luz sobre o erro e as trevas. A riqueza litúrgica não é riqueza de uma casta sacerdotal; é riqueza de todos, também dos pobres, que, com efeito, a desejam e não se escandalizam absolutamente com ela. Toda a história da piedade popular mostra que mesmo os mais desprovidos sempre estiveram dispostos instintiva e espontaneamente a privar-se até mesmo do necessário, a fim de honrar, com a beleza, sem nenhuma avareza, ao seu Senhor e Deus” (Rapporto sulla Fede, 1985).

Recomendaria a leitura de alguns documentos e cânones do Sacrossanto Concilio Ecumênico de Trento:

Sessão XXII; Sessão XIII.

É de chorar presenciar sacerdotes fazendo da liturgia uma propriedade privada, querendo ser ele o centro e cerne de toda ação liturgia, incluindo na celebração salutar, desejos e quereres particulares, incluindo carismas de grupos que não pertencem a natureza litúrgica com a intenção de atrair pessoas ou até mesmo de solucionar problemas espirituais. Pior ainda aqueles que aproveitam da fragilidade do missal reformado para destruir a celebração, hipócritas que se esquecem do mistério e ficam com o sentimento próprio.

Estamos em um momento que devemos refletir se já não chegou a hora de olharmos para nossa história e lembrarmos que saímos de uma celebração salutar que não permite erros, que não tem falhas, que transmite toda a fé católica sem cortinas, sem manchas nem ‘quereres pessoais’ e refletirmos se não esta na hora de voltar, sem hesitar, com sabedoria.