A Doutrina Católica e a ideologia comunista/marxista/socialista

O Magistério da Igreja Católica sempre condenou oficialmente qualquer forma de comunismo, porque o comunismo nunca poderá ser compatível com a Doutrina Católica:

Em 1846, na encíclica Qui pluribus, o Papa Pio IX afirmou que o comunismo é:

“ sumamente contrária ao próprio direito natural, a qual, uma vez admitida, levaria à subversão radical dos direitos, das coisas, das propriedades de todos e da própria sociedade humana

Em 1891, na encíclica Rerum Novarum, o Papa Leão XIII defendeu que:

“ a teoria marxista da propriedade colectiva deve absolutamente repudiar-se como prejudicial àqueles membros a que se quer socorrer, contrária aos direitos naturais dos indivíduos, como desnaturando as funções do Estado e perturbando a tranquilidade pública.

Em 1931, na encíclica Quadragesimo Anno, o Papa Pio XI comentou que:

“ O socialismo quer se considere como doutrina, quer como facto histórico, ou como «acção», se é verdadeiro socialismo, […] não pode conciliar-se com a doutrina católica; pois concebe a sociedade de modo completamente avesso à verdade cristã. […] E se este erro, como todos os mais, encerra algo de verdade, o que os Sumos Pontífices nunca negaram, funda-se contudo numa própria concepção da sociedade humana, diametralmente oposta à verdadeira doutrina católica. Socialismo religioso, socialismo católico são termos contraditórios: ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista

Em 1937, na encíclica Divini Redemptoris, o Papa Pio XI criticou os bolchevistas e ateus que pregavam que o comunismo era o:

“ novo «evangelho» e mensagem salvadora de redenção! Sistema cheio de erros e sofismas, igualmente oposto à revelação divina e à razão humana; sistema que, por destruir os fundamentos da sociedade, subverte a ordem social, que não reconhece a verdadeira origem, natureza e fim do Estado; que rejeita enfim e nega os direitos, a dignidade e a liberdade da pessoa humana.

Em 1961, na encíclica Mater et Magistra, o Papa João XXIII reafirmou que:

“ entre comunismo e cristianismo, […] a oposição é radical, e acrescenta não se poder admitir de maneira alguma que os católicos adiram ao socialismo moderado: quer porque ele foi construído sobre uma concepção da vida fechada no temporal, com o bem-estar como objetivo supremo da sociedade; quer porque fomenta uma organização social da vida comum tendo a produção como fim único, não sem grave prejuízo da liberdade humana; quer ainda porque lhe falta todo o princípio de verdadeira autoridade social.

Em 1991, na encíclica Centesimus Annus, o Papa João Paulo II, actualizando os princípios da Rerum Novarum, salientou que:

“ o erro fundamental do socialismo é de carácter antropológico. De facto, ele considera cada homem simplesmente como um elemento e uma molécula do organismo social, de tal modo que o bem do indivíduo aparece totalmente subordinado ao funcionamento do mecanismo económico-social, enquanto, por outro lado, defende que esse mesmo bem se pode realizar prescindindo da livre opção, da sua única e exclusiva decisão responsável em face do bem ou do mal. O homem é reduzido a uma série de relações sociais, e desaparece o conceito de pessoa como sujeito autónomo de decisão moral, que constrói, através dessa decisão, o ordenamento social. Desta errada concepção da pessoa, deriva a distorção do direito, que define o âmbito do exercício da liberdade, bem como a oposição à propriedade privada. […] Se se questiona ulteriormente onde nasce aquela errada concepção da natureza da pessoa e da subjectividade da sociedade, é necessário responder que a sua causa primeira é o ateísmo. […] O referido ateísmo está, aliás, estritamente conexo com o racionalismo iluminístico, que concebe a realidade humana e social do homem, de maneira mecanicista.

O Catecismo da Igreja Católica, publicado em 1992, reafirma que:

“ a Igreja rejeitou as ideologias totalitárias e ateias associadas, nos tempos modernos, ao «comunismo» ou ao «socialismo».